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Rizoma

  • adrielmatheus98
  • 5 de jan. de 2023
  • 1 min de leitura

"... Não és os outros e te vês agora

Centro do labirinto que tramaram

Os teus passos..."

- Borges.


Gosto da ideia de enxergar a vida como um labirinto. Joyce brinca com essa ideia, os nossos passos vão formando um labirinto e ali no centro nos encontramos. Eu costumava ver isso de maneira bem melancólica, enxergava como um herói que precisa correr do Minotauro e, portanto, o labirinto representava um enorme perigo, a certeza de que você está perdido e logo estará encurralado, logo a morte te alcança e você morrerá ali, perdido, sem saber como chegou naquela esquina, sozinho, abandonado.

Hoje enxergo esse labirinto não mais como um herói, mas como uma criança. Perto da minha casa tinha um mini labirinto, baixinho, pequeno e nada complexo, mas as crianças amavam. A diversão delas era entrar e se perder ali, porque o caminho da saída era óbvio demais. Na caixa do toddynho vinha o puzzle de labirinto. Labirintos são divertidos.

É incrível como a vida não está escrita. É incrível como a saída do labirinto não é óbvia, finalmente nós, crianças tardias, encontramos um labirinto que requer toda a nossa capacidade criativa para encontrar a saída. Relembre, portanto, como você se divertia, como você tentava trapacear começando já do fim para achar o único caminho! Lembre-se do dia que você se encantou com o último jogo do torneio Tribruxo!

 
 
 

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